domingo, 6 de maio de 2012

Sou preto. Negro como a noite sem estrelas.

Sou velho. Velho como as vidas de meus irmãos.

Mas se sou ainda negro, é porque trago em mim as marcas do tempo, as marcas do Cristo. Essas marcas são as estrelas de minha alma, de minha vida.

Sou negro. Mas a brancura do linho se estampa na simplicidade do meu olhar, que tenta ver apenas o lado bonito da vida.

Sou velho, sim. Mas é na experiência da vida que se adquire a verdadeira sabedoria, aquela que vem do Alto. Sou velho. Velho no falar; velho na mensagem, velho nas tentativas de acertar.

A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento. Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.

A força da vida se estrutura nas vivências. É à medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, do não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.

Sou forte.

Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraco. Quando aprendo a sair de mim mesmo e ir em direção ao próximo, aí eu sei que me fortaleço.

Sou andarilho.

Eu sou preto, sou velho, sou humano. Mas sou humano sem Sou como você, sou espírito. Sou errante, aprendiz de mim mesmo.

Na estrada da vida, aprendi que até hoje, e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.

Pelas estradas da vida eu corro, eu ando.

Tudo isso para aprender que, como você, eu sou um cidadão do universo, viajor do mundo. Sou um semeador da paz.
Sou preto, sou velho, sou espírito.

Do livro SABEDORIA DE PRETO VELHO – Robson Pinheiro

ORAÇÃO A SÃO JORGE - para proteção física e espiritual

Meu querido protetor São Jorge, eu invoco com permissão do todo, a vossa proteção para que jamais permitais que meus inimigos, sejam encarnados ou desencarnados, consigam realizar seus objetivos e me fazerem o mal.


Que as vossas sete cruzes sejam traçadas em volta de meu corpo, fechando-o contra todos os males.

Que vossa cavalaria faça um cerco em torno de mim, evitndo que os fluidos negativos, as larvas astrais, me atinjam e me prejudiquem.

Eu vos invoco, ó São Jorge, a vossa proteção sobre minha pessoa e por todos os que me são queridos.

Que a vossa proteção, ó guerreiro divino, seja o meu escudo contra o mal, seja ele da forma que se apresentar. Convosco, ó querido mentor, eu vencerei todos os males.

Que assim seja, assim já o é!!!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

UM SIMPLES CONSELHO
Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda. Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
O que você vê através do vidro, meu rapaz? Perguntou o rabi.
Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço. Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou: o que você vê neste espelho?
Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
E já não vê os outros, não é verdade? E o sábio continuou com suas lições preciosas: Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima. Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho: Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas. Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta. Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com seus filhos em dificuldades. Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela. E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar: Pode ser um sorriso gentil...
Uma palavra que anima e consola...
Um abraço de ternura...
Um aperto de mão...
Um pedaço de pão...
Um minuto de atenção...
Um gesto de carinho...
Uma frase de esperança...
E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas?
Pense nisso!
A caridade é o gênio celestial que nos tece asas de luz para a comunhão com o pensamento divino, se soubermos esquecer de nós mesmos para construir a felicidade daqueles que nos estendem as mãos.
Pensemos nisso!